Refugiados ....
Introdução necessária feita, passemos em frente
Hoje quero falar-vos de refugiados.
Certamente que estarão curiosos por perceber o que uma gata de rua poderá saber ou comentar sobre refugiados. Enganam-se, meus amigos se pensam que é um assunto sobre o qual nada percebo, pois o que pode ser um refugiado assim tão diferente de um animal de rua?
Sei bem, que muitos não pensarão como eu, e respeito isso, no entanto numa altura em que tanto se houve falar em refugiados achei que deveria dar a minha opinião sobre o assunto.
Nós, gatos de rua, somos de certa forma semelhantes aos refugiados, numa escala mais local certamente.
No sitio onde me encontro, ouvem-se muitas conversas, das pessoas que passam na rua e que vão aos serviços próximos, das madrinhas e mesmo dos colegas.
Fui procurar o significado da palavra na internet, encontrei, no dicionário Priberon, (https://dicionario.priberam.org/refugiado) o seguinte:
1 . que ou aquele que tomou refúgio, que se refugiou
2. que ou quem é forçado a abandonar o seu país por motivo de guerra, desastre natural, perseguição política, religiosa, étnica, etc.
Tendo em conta a primeira opção, nós, gatos de rua, acabamos por refugiarmo-nos em locais onde sentimos mais segurança, onde nos acolhem com amizade e mesmo amor, em muitos casos. Quando cuidam de nós, somos uns gatos de rua mais felizes porque somos respeitados e acarinhados. Qualquer refugiado pretende refugiar-se num local mais seguro, ser respeitado e valorizado, não acham?
Relativamente à segunda opção, é evidente que é uma situação muito mais complicada. As pessoas perderam tudo, o seu lar, o emprego, a vida no sentido de forma de viver e não literalmente no sentido de vida ou morte, no entanto pelo que percebi há mesmo situações mais complicadas em que as pessoas perdem mesmo a vida pois as condições de fuga são alarmantes.
Assim elas procuram outro refugio, outro local onde poderão voltar a viver em comunidade, ter um trabalho, as crianças podem voltar à escola e que sabe terem uma vida boa definitivamente ou pelo menos temporariamente enquanto as condições no seu habitat natural não voltarem a ficar pacificas.
Eu também ouvi uma coisa fantástica, é que as pessoas por vezes trazem os seus animais de estimação para este novo refugio e isso é bom, fazem parte da família.
Pois voltando ao nosso lado de animais de rua, temos presentemente um novo gato que ronda a nossa colónia, um refugiado que procura perto de nós um lugar onde se sinta bem e consiga viver. É muito bonito dizem as madrinhas, por mim é só mais um gato .... mas há que zelar para que se sinta bem
Ele respeita o nosso espaço e as nossas regras e nós deixamos que se aproxime, que se alimente e que esteja perto de nós. Não quer confusão e nós também não, assim podemos ser amigos.
Miadelas ... e até breve,
( a foto é do Francisco C (um grande admirador meu ), obrigada, fiquei muito bem, não acham? )
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